Ao entrarmos no mês de Janeiro, existem apenas duas equipas nas ligas superiores da Europa que ainda não provaram a derrota. Uma é Paris Saint-Germain, que não perdeu desde 20 de Março contra o Mónaco. O segundo é nada mais nada menos que os líderes do futebol português, o Benfica de Roger Schmidt. O objectivo deste texto é tentar visualizar com dados todas as chaves que levaram os gigantes de Lisboa a liderar a Primeira Liga e ganhar o seu grupo da Liga dos Campeões, precisamente contra os campeões franceses, deixando a Juventus de fora, e comparando o seu desempenho com os grandes clubes europeus.
Considerando que o seu domínio é indiscutível em todas as métricas e situações de jogo dentro da sua própria liga, é interessante comparar o seu desempenho com as grandes equipas que são candidatas a ganhar a Taça Europeia. Desde a chegada de Schmidt, o Benfica é uma equipa perfeitamente equilibrada, apesar de atacar incessantemente. Todas as suas métricas de ataque são as de uma equipa com um ritmo de jogo muito elevado e com indivíduos de alto nível para criar oportunidades assim que se aproximem da caixa.
Em comparação com as outras 15 equipas classificadas para a Liga dos Campeões, com cada clube a actuar na sua própria liga, com a correspondente nuance importante da diferença de nível entre ligas, o Benfica transmite uma série de características como equipa muito próxima da das equipas extremamente ofensivas, tais como o Bayern.
Entre as sete principais ligas europeias, nenhuma equipa gera mais golos esperados por 90 minutos do que o Benfica, que também sofre menos golos por jogo, sendo a segunda equipa com o segundo maior número de recuperações na metade adversária e nos últimos 40 metros do campo. Entre as estatísticas mais significativas está a da progressão da bola no terço final, onde estão muito perto da equipa mais dominante da Europa, o Manchester City. E que, entre outros culpados, tem um principal.
No gráfico seguinte expomos os médios que jogam ao lado dos médios defensivos (MCs) através do cruzamento de duas métricas específicas, passes enviados para a caixa e passes enviados para o terço final. Este é o impacto de um jogador como Enzo Fernandez, um meio-campista que gera e joga como um número ’10’ quando tem a bola, o que acrescenta criatividade e ritmo extra aos bens do Benfica, razão pela qual a posse de bola cai muito menos nos 30 metros finais do campo e podem fazê-lo progredir quase tanto como o Manchester City. Os seus full-backs, Grimaldo e Bah, também desempenham um papel fundamental neste aspecto do jogo.
Uma equipa de Roger Schmidt
Depois do seu tempo na Bundesliga e Eredivisie, quisemos comparar o desempenho desta equipa do Benfica com as equipas do PSV Eindhoven e Bayer Leverkusen que o treinador alemão treinou, para ver como as suas ideias influenciam as suas equipas. Dado o talento à sua disposição e a posição de força e domínio do Benfica ao lado do Porto em Portugal, a produção atacante do Benfica tem sido superior à do Leverkusen e muito semelhante à de uma equipa do PSV também com estatuto de clube dominante nos Países Baixos.
A série invicta do Benfica corrobora o trabalho de Roger Schmidt e o grande talento individual disponível para a equipa com Enzo Fernandez, Florentino Luis, Antonio Silva e Nico Otamendi na defesa ou Gonçalo Ramos a herdar o lugar de Darwin Nunez.
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